Sejam bem-vindos a esta nossa janela virtual com vista para a Sala do Arco-íris do Jardim de Cruzeiro.

Espreitem e verão aquilo que consideramos como o nosso Portfolio de Grupo, onde descrevemos e revelamos aquilo de mais significativo que fomos fazendo ao longo do tempo.

Sempre com muito prazer e empenho, pois somos 20 crianças de 5 e 6 anos, cheias de energia e vontade de descobrir coisas novas, na companhia da nossa educadora Juca, das duas estagiárias finalistas Patrícia e Filipa, da nossa animadora Amélia, da professora do ensino especial Céu e também da tarefeira Florinda. Mais tarde chegaram à nossa sala três estagiárias do 3º ano, a Cláudia, a Vânia e a Andreia.

Esperamos que gostem da nossa "companhia" e queiram conhecer a viagem que fizemos ao longo do ano lectivo 2008-2009.

quarta-feira, 4 de março de 2009

Trabalhando com molas desenvolvemos a consciência fonológica


Fala agora a educadora, mas só um bocadinho…

A fala precede a escrita, no crescimento e na aprendizagem e as crianças que, desde cedo, devem perceber que há uma relação muito estreita entre ambas.

De facto, o processo de alfabetização não começa apenas ao olhar as letras e identificá-las, antes parte de uma escuta activa dos sons da fala.

Em contexto de jardim de infância isso começa com a valorização quotidiana da expressão oral da criança, inicialmente apenas com os sons da fala, para depois progredir para uma etapa fonológica e, finalmente, para uma alfabetização ortográfica (leitura e escrita).

A consciência fonológica tem a ver com a noção de que as palavras são formadas por sons.

Pode ser desenvolvida através de brincadeiras com a linguagem (descoberta de rimas, trava-línguas, lengalengas, cantilenas...) e também através do reconhecimento dos sons existentes nas palavras, feito de forma lúdica (jogo).

Uma das formas é através da divisão silábica, pois a componente sonora (som) mais facilmente reconhecida pelas crianças nas palavras é a sílaba.

A consciência fonológica é, portanto, uma competência de reflexão sobre a linguagem oral que se torna essencial na aquisição do código escrito.


Por tudo isto que a professora escreveu atrás (coisas muito importantes!) estivemos a brincar com as palavras, partindo-as em pedacinhos… ou seja, para que percebam melhor vamos dar um exemplo: se a palavra fosse um bolo, cortávamo-lo todo às fatias.


Fizemo-lo através do jogo do Per lim pim pim http://carrosseldaaprendizagem.blogspot.com/2009/02/pir-lim-pim-pim-diga-o-seu-nome-para.html que era assim (olha, uma rima!):


A professora diz aos meninos:

- Per lim pim pim, diz o teu nome para mim!

Respondemos dizendo o nome e batendo palmas nos seus pedacinhos (sílabas):

MA RI A NA, GON ÇA LO, FRAN CIS CO, JO A NA, MI GUEL, MA RA, FI LI PE, MA RI A,

Depois pode repetir-se batendo com os pés, estalando os dedos, batendo nos joelhos, etc…

A seguir é a vez de outra criança.


Fizemos isto com os nossos nomes e foi muito divertido parti-los em pedacinhos, sendo cada um uma “fatia de nome”, ou antes, dizendo a palavra correcta, uma sílaba (mais uma palavra nova para o nosso vocabulário!).


Passamos da palavra à sílaba e depois da sílaba à letra e ainda houve quem dissesse que existem também as frases e tinha razão…


A frase tem palavras: “A menina gosta de brincar

As palavras têm sílabas: “Me ni na

As sílabas têm letras: “M E N I N A


(Fonte da imagem: blogues da Mamã Sofia)


Assim aprendemos a reconhecer os diversos sons dentro das palavras e também as diversas letras que as compõem...

Assim também contamos quantas letras e quantas sílabas tem o nome de cada um de nós…


Depois fizemos um registo colectivo, com formação de conjuntos por quantidades de sílabas e assim descobrimos que os nossos nomes têm 2, 3 ou 4 sílabas.


Ufa... que trabalheira!

Mas ainda não terminamos... o entusiasmo trouxe a "caixinha das surpresas" e, dentro dela, algo de muito esquisito: muitas molas da roupa com letras.

Para quê? A roupa que se põe a secar não sabe ler!

Pois não, mas com esse material tão "pobre", fizemos uma actividade muito "rica":

Cada um escreveu o seu nome com molas de madeira, que estavam presas a um cartão onde tinha o seu nome escrito em letra IMPRESSA e manuscrita... mas estavam todas trocadas!

Por isso tivemos que procurar a ordem certa das letras e formar o nome....


O Tiago começou assim. Hum... mas isto não dá bem para ler...


Ah, assim já dá!


ItálicoNão é nada assim!


É assim que se lê direito... disse o Miguel.


Depois de descobrirmos as sílabas, partimos o nome em pedacinhos, separando-os com as molas...

A Teresa em plena actividade


E a Joana também


Eram tantos cartões com nomes e molas, que os colocamos no placar de entrada do jardim de Infância e ficou assim:



5 comentários:

sala 3 -JI de Estrada disse...

Interessante.....
És uma fonte de inspiração.
Já tenho trabalhado a divisão das palavras com os meninos mas nnca tinha tido essa ideia.
Acho que "Roubar" a tua ideia para a utilizar quando se proporcionar.
Posso?
Parabéns

Os Malandrecos disse...

Mas que inspiração. A actividade estava linda.
Engraçado que tenho trabalhado bastante os sons das letras e a divisão silábica ainda hoje foi feita , a partir de uma história. Já fizemos com um ou outro nome mas apesar de já termos pensado nisso, ainda não houve tempo. Não me ocorreria as molas, de certeza.
Essas actividades são riquíssimas e se eu te dissesse que espontaneamente já tenho algumas crianças de 5 anos a tentar ler através dos sons das letras, é a mais pura verdade.
Beijinho e obrigada pela partilha.
Isabel.

sala 3 -JI de Estrada disse...

Claro que eu queria dizer "nunca tinha tido essa ideia" e "Acho que vou "roubar"....."
As pressas é que fazem isto.
Peço desculpa pelos erros

M. Jesus Sousa (Juca) disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
M. Jesus Sousa (Juca) disse...

Olá amiguinhos Malandrecos e Carmo,

Ainda bem que gostaram da ideia, nós também gostamos muito. Para além de diferente, é divertido e isso ajuda a aprender, não acham?

Claro que não nos importamos nada que a usem e até a ampliem...ela não é "nossa", foi inspirada numa ideia vista numa revista Educadores de Infância.

Para já os nossos nomes partidos em pedacinhos representados pelas molas, estão no placar de entrada do JI mas, quando saírem de lá, vão para uma caixinha e poderemos utilizar na área da escrita para aquilo que quisermos.

Assim, a actividade não termina aqui, podemos continuar a inventar coisas com letras!

Obrigada pela vossa visita! Beijinhos de todos nós.

Uma janela para a matemática:

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O Jogo dos padrões 1

O Jogo dos padrões 1
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O Jogo dos padrões 2

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O objectivo é colocar 3 em linha, seja na vertical, na horizontal ou na diagonal. E o mais engraçado é que "jogamos contra uma menina que está lá dentro do computador"!

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